quarta-feira, julho 05, 2006

ENTREVISTA COM MAD DRAGZTER

















 Para dar início ao blog, postei uma entrevista realizada com Tiago Torres, vocalista e guitarrista da banda Mad Dragzter em meados de 2004, confira:

Morticínio Produções: Após pouco tempo do lançamento do Cd Strong Mind, o Mad Dragzter já se posicionou entre as maiores bandas de metal do Brasil e já é considerado uma grande promessa para o underground nacional. Um lugar muito merecido, pois a banda lançou o disco em meados de outubro e em dezembro já estava entre os mais votados de 2003 nas revistas e em alguns sites especializados. Como vocês vêem essa grande aceitação por parte do público e da imprensa especializada?

Tiago: Estamos muito felizes com esse retorno! Mostra que valeu a pena todo o esforço para lançarmos esse Cd. Mas sabemos que estamos apenas no começo de nosso trabalho e temos muito arroz e feijão pela frente ainda.

M.P.: Vocês já mudaram de formação e de nome, antes a banda se chamava apenas Dragster. Qual o motivo da mudança e o que significa Mad Dragzter?

Tiago: Mudamos de nome algumas vezes por descobrirmos outras bandas no mundo com o mesmo nome. Dragster são carros de corrida que chegam a velocidades altíssimas e precisam de um pára-quedas para frearem! Incluímos o Mad (louco/insano) no nome e trocamos o "s" pelo "z" no Dragzter. O significado é um Dragzter, carro de corrida, insano/louco/desgovernado/furioso!!!

M.P.: Sobre a formação da banda, a atual parece estar bastante introsada. Há quanto tempo estão com este line-up?

Tiago: Estávamos com essa formação desde 2001. Há poucos dias nosso ex-baterista Evandro Jr. saiu da banda para entrada do novo batera Eric Claros. O cara destrói!!! Já estamos ensaiando juntos e a entrada dele deu grande força para banda. Vamos informar toda a imprensa da mudança em breve.

M.P.: O álbum Strong Mind é bem comprido, contendo 14 músicas e mais de 70 minutos, algo nada comum tratando-se de um disco de estréia. Como é a forma de composição da banda? As músicas já estavam prontas há algum tempo?

Tiago: As músicas estavam compostas desde 99 e ajustamos e re-arranjamos algumas partes. No final ainda deixamos algumas músicas de fora do Cd, e ele ainda ficou com mais de 70 minutos. Haja música! (risos)

M.P.: O que mudou da primeira demo para o álbum atual?

Tiago: Bastante coisa. A banda amadureceu, teve mais tempo e equipamento para gravar o Cd "Strong Mind". Estamos mais coesos e pesados agora. Acredito que tivemos uma grande evolução dos tempos da demo para o Cd.

M.P.: O álbum "Strong Mind" saiu de forma independente. Como estão as propostas com as gravadoras?

Tiago: Estamos analisando todas e não estamos com pressa de fechar com ninguém. Mas acredito que teremos novidades tanto no Brasil como para o exterior ainda para esse ano.

M.P.: A gravação de "Strong Mind" está bem acima de muitos trabalhos nacionais, assim como a arte gráfica também. O Cd foi gravado no Nimbus Studio, certo? Conte-nos um pouco como foi o processo de gravação do Cd e composição da capa.

Tiago: A capa foi criada pelo André Gola e Paulo Lisboa, que trabalham com nossa parte gráfica desde a época da demo. Eles criaram nosso logo, capas, encartes, sites, anúncios, etc. Sobre o Cd, gravamos, mixamos e masterizamos no Nimbus em 7 meses. Não corridos, porque tínhamos que pegar os horários disponíveis mais baratos, normalmente de madrugada!!! A produção do Cd ficou a cargo do San Isobe, com co-produção minha e do Gabriel.

M.P.: O álbum contém algumas dedicatórias, que estão em "Day Of Sadness", aos bombeiros e às vítimas do atentado terrorista de 11 de setembro, "Destroying My Life" às famílias que ficaram sem teto após a queda do edifício Palace 2 e "402", às famílias das vítimas da tragédia que envolveu o focker da TAM no Jabaguara. Como surgiram as idéias de dedicação às vítimas e familiares? Vocês pretendem ser uma banda protestante?

Tiago: Todos esses fatos nos chocaram! E vamos gritar contra tudo isso. Contra injustiça, humilhação, neguinho se aproveitando de gente humilde, político Filho da Puta. Sem dúvida o conteúdo de nossas letras é social, político e de protesto. E provavelmente vai continuar assim, somado a letras que falam de problemas pessoais dos integrantes.

M.P.: A música "Love Us Or Hate US" é também um protesto, contra a sociedade que discrimina desde sempre os headbangers, certo? Em alguns momentos ela chega até a ser engraçada, como na frase "Chicken, go back to the zoo", em outros, ela é mais nervosa e direta, como no final da faixa: "Fuck you. fuck you. Vai toma no cu". Comente um pouco sobre essa música.

Tiago: (risos)...Eu gosto dessa música pra caralho! É isso ai! Um grito contra os trouxas que discriminam os bangers e se acham superiores porque tem um pouco de grana, roupinha da moda, carrinho, etc. E são uns frangos mesmo, na hora do vamo vê...correm...para o Zoológico!!!!! (gargalhadas) Gosto muito dessa letra! Muito mesmo!!!

M.P.: Algo bastante comum em músicas de protesto, são composições escritas em português, como as músicas "Manifestações" e "Paga Pau" da banda Claustrofobia e "Farsa" do Necromancia, só para citar algumas. Isso, talvez para a mensagem ser ainda mais direta. Essa idéia passou pela cabeça de vocês na hora de compor "Love Us Or Hate Us"?

Tiago: Na verdade temos a intenção de no futuro gravarmos uma música em português. Esses exemplos das bandas que você citou são bem legais!!! Mas independente de português ou inglês sempre vamos protestar, e xingar tudo!!! (gargalhadas)

M.P.: Quais são as expectativas daqui em diante?

Tiago: Divulgar o Cd e tocar o máximo possível!!!

M.P.: Gostaria de agradecer por essa entrevista, o espaço é de vocês.

Tiago: Muito Obrigado você Flavião e ao Morticínio pela oportunidade da entrevista e pelo apoio que nos tem dado sempre!!!!!!! E galera, THRASH OR BE THRASHED!!! Deêm uma oportunidade ao Mad Dragzter, ouçam a mp3 no site, comentem, escrevam...E comprem o cd que nós estamos devendo até as calças!!!(gargalhadas gerais)

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